AI DE NÓS
Gracias
me pasa
que cuando
te leo
deseo
que no
termines
nunca.
Que no
se termine
nunca lo
que escribís.
Que no
se termine
la noche.
Que não termine a noite de graça,
que não terminemos nossa escrita.
Graças me passam quando te leio
e penso em beijar teu desejo.
Y si escribo lo mío
que no se termine
el día,
el amor, el sexo, el viaje.
Eu desejo
desejo água
e mais
desejo beijo
desejo sonho
cortes
sangue
desejo sua boca
suas outras
todas elas
no silêncio
e no ritmo
do seu ar
arfando
nos meus braços.
Que no terminemos
de mecer y balancear,
de palpitar y sufrir.
Que la lluvia
de siempre
llegará.
A chuva
entre as serras que cai neblina,
beija água, nos molha,
toca uma insensatez na viola
e vai embora,
grita na rua vento
e dói n'alma morcego,
mas depois sussurra
liberdade no quarto
e nos esquenta, abraça, dança, usa,
e ainda, ai,
ela nos faz amar
seus calores como nunca.
Ai de nós
que
um pouco mais
queremos,
mil cores de
mil pássaros
cantando
para ti
e para mim
sons
nos banhos e nos sinais,
nas nossas peles e nos músculos
em posições triangulares
de pernas em eles
e carinhos tão doces
que dóem,
por agora,
de saudade.
(Guebo & Florencia)
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